sexta-feira, novembro 29

Vagão abandonado é transformado em centro cultural itinerante no Equador






Um vagão abandonado do sistema ferroviário do Equador foi transformado em um centro itinerante de cultura e lazer, em que são realizadas apresentações musicais, festas, peças de teatro, oficinas de capacitação e outras atrações totalmente gratuitas por onde passa. A transformação do antigo vagão em novo centro de cultura abriu novas oportunidades à população, e, ainda, tornou-se referência de sustentabilidade na arquitetura.


Batizado de “Vagão do Saber”, o projeto dos arquitetos do escritório Al BordE faz parte da revitalização das linhas férreas do país latino, que possui apoio do Ministério da Cultura e do Patrimônio do Equador. O novo vagão leva desenvolvimento por onde passa, isso porque, há diversas comunidades isoladas no entorno da linha do trem, desativada há mais de doze anos. Assim, o projeto está aumentando a importância econômica destas áreas, cujos cenários são de risco e fragilidade social.


Utilizar pouco material para construir um espaço com muitas funções foi um dos conceitos de sustentabilidade adotados pelos arquitetos responsáveis pelo Vagão do Saber.  Além disso, os operários responsáveis pela reforma foram moradores das comunidades locais, selecionados e capacitados pelas próprias oficinas do projeto. De acordo com o site Plataforma Arquitectura, para diminuir o tempo e o dinheiro gastos nas obras, poucas foram as intervenções na estrutura abandonada. Assim, segundo os arquitetos, foi necessário apenas incluir um teto retrátil, móveis adaptados e alguns tonéis no interior do vagão. 


Quando começam a rodar seu trajeto, os condutores selecionam a opção de uso do Vagão do Saber, que pode ser convertido numa praça de convivência, numa sala de cinema, num teatro, ou, ainda, num escritório multiuso. A fim de preservar a identidade do equipamento férreo, a estrutura original foi preservada, mesmo com os desgastes provocados pelo tempo. Em breve, o projeto vai percorrer as cidades do litoral do Equador, levando atrações culturais à população local e aos visitantes destas áreas.

FONTE: CicloVivo

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